A Preta Gertrudes
“Ao ler o processo de uma escrava que foi penhorada, me interessei pelo caso. A Preta Gertrudes foi presa para ser vendida em hasta pública. Ela pertencia a Carlos José da Costa, que tomou dinheiro emprestado ao Frei João da Encarnação, do Convento do Carmo da Guia. Velhaco, Carlos José não pagou o dinheiro e, por essa razão, o frade foi ao juiz. A crioula foi se defender em 1828, 60 anos antes da Lei Áurea da Princesa Isabel. Ela contratou um advogado e se defendeu com uma Carta de Alforria. Era uma negra forte. O processo durou 14 anos. O final do romance é segredo, fica para os leitores”, avisa o autor.