30/09/2014
Juiz conversa com alunos de bairros carentes de CG sobre temas como menoridade penal, aborto e drogas


Poder Judiciário estadual e educação pública andam juntos na comarca de Campina Grande, segunda maior do Estado da Paraíba. A convite da Diretoria da Escola Assis Chateaubriand, o juiz titular do Juizado Especial Criminal de Campina, Giovanni Magalhães Porto, tem realizado um ciclo de palestras com os alunos do 1º ano do ensino médio, onde fala sobre temas como drogas, aborto, crimes de menor potencial ofensivo, noções de Justiça, família e menoridade penal. Essas práticas são apoiadas pela Presidência do Tribunal de Justiça e pela Corregedoria Geral de Justiça.

“Esse contato direto com a sociedade beneficia diretamente os alunos, como enriquece nossos juízes com conhecimentos práticos da comunidade”, afirma o corredor-geral, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos.

A Escola Assis Chateaubriand fica no bairro do Santo Antônio e atende uma área carente da cidade, que envolve José Pinheiro e Bairro da Glória. “O objetivo é tornar o Judiciário mais próximo da população, aumentando nossa legitimação. Na verdade, não considero uma palestra, apenas um diálogo sobre temas de interesse dos estudantes”, disse o juiz Giovanni Porto. Ele desenvolveu a mesma experiência com alunos de Sumé, quando atuou na comarca. E revela que está aberto a convites semelhantes.

Giovanni Porto disse que fica surpreso com a receptividade dos alunos, inclusive com depoimentos. “Alguns participantes relatam que têm visto amigos com drogas fora da escola. Com base nisso, eles ficam curiosos sobre os efeitos maléficos da droga, sobretudo crak e maconha e as consequências penais do uso de drogas, aborto e até latrocínio”, comentou o juiz.

Giovanni considera as conversas emblemáticas, “pois do contato com esses jovens podemos observar histórias de vida e de superação de dificuldades que muitas vezes são distantes do cotidiano formalístico do fórum”. Segundo ele, as ilusões referenciais e o apego a interpretação do Direito legal pode tornar o juiz distante da paisagem social. “Isso causa uma crise de legitimação que não passa despercebido pelo jurisdicionado. Penso que se tivermos que melhorar a credibilidade do nosso poder, devemos nos tornar mais próximos do contexto social que estamos inseridos”, concluiu.
 

TJPB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

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Jornalista Responsável: Jaqueline Medeiros - DRT-PB 1253