16/04/2019
Encontro de Magistrados Aposentados e Pensionistas da AMB debate Previdência
“A Previdência é o maior patrimônio social que nós temos. Não há justificativa para destruir a Seguridade Social”, disse Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, em palestra no Encontro Nacional de Magistrados Aposentados e Pensionistas da AMB, na tarde desta segunda-feira (15).
Maria Fattorelli tratou do assunto em painel sobre os impactos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que contou também com a participação do vice-presidente de Aposentados da Ajuris, Felipe Rauen. A mesa foi presidida pelo dirigente da AMB, Jayme de Oliveira, que ressaltou a importância de se abrir discussão sobre o tema.
Em sua explanação sobre a nova reforma, apresentada pela equipe econômica do governo federal, Maria Lúcia Fatttorelli foi enfática ao dizer que muitas inverdades estão sendo propagadas para convencer o brasileiro de que o País estaria quebrado; que existiria déficit na Previdência e que o patrimônio teria que ser privatizado. “Em dezembro de 2018, o Brasil possuía R$ 1,27 trilhão no caixa do Tesouro; 1,13 trilhão no Banco Central e US$ 375 bilhões em reservas internacionais. Então, precisamos entender que crise é essa e qual a justificativa do governo.”
Com base em dados oficiais, ela afirmou que “a dívida pública tem crescido em decorrência aos mecanismos financeiros que geraram ‘dívida’ e não devido aos instrumentos e gastos sociais”. Na sua visão, a PEC 6/2019 desmonta o modelo de solidariedade e introduz a capitalização individual, “que além de cobrar muito juro, entrega nossa previdência social para os bancos e desconstitucionaliza o modelo de contribuição”, disse. “Deveríamos estar discutindo uma reforma para melhorar os benefícios, pois temos, sim, dinheiro em caixa”, pontuou. Ao final da apresentação, os participantes tiraram suas dúvidas e expuseram suas opiniões a respeito.
Inteligência ética
Pela manhã, a neuropsicóloga e pesquisadora Regina Migliori falou para os participantes sobre os desafios da inteligência ética, da empatia e da felicidade para enfrentar as transformações do século 21. “Inteligência ética é a habilidade de mergulhar em si mesmo, identificar o melhor de si e praticá-lo em ações que promovam o bem comum, com impactos benéficos”, explicou.
Num mundo cada vez mais competitivo, o desenvolvimento da inteligência ética, segundo a pesquisadora, é um grande diferencial que estimula o compartilhamento e a manutenção de valores fundamentais para o desenvolvimento de uma consciência sobre o bem comum. Participaram da mesa do painel a vice-presidente de Direitos Humanos, Julianne Marques, e o secretário-adjunto de Relações Internacionais da AMB, e presidente da Federação Latino-Americanade Magistrados (Flam), desembargador Walter Barone.
AMB
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