16/09/2020
Juíza Graziela Gadelha apresenta ‘Violentômetro’ no Jornal Hoje e faz alerta sobre violência contra a mulher


A magistrada Graziela Queiroga Gadelha, uma das juízas à frente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba, fez uma participação, na tarde desta quarta-feira (16 de setembro), no Jornal Hoje da TV Globo, onde expôs um gráfico denominado ‘Violentômetro’. O material apresentado elenca condutas violentas praticadas em relação às mulheres, numa ordem de crescimento gradativo da gravidade das ações, até chegar ao feminicídio, crime de assassinato de mulheres com motivação no fato de a vítima ser do sexo feminino, com as penalidades estabelecidas na Lei n°13.104/2015.

A participação da juíza ocorreu no contexto de uma matéria que alertou para o crescimento do número de feminicídios no país no último ano. Clique no link para assistir: https://globoplay.globo.com/v/8861132/

De forma objetiva e fácil, o Violentômetro orienta as mulheres a prestarem atenção em comportamentos e ações que, se não contidas, podem evoluir para ofensas, ameaças, abuso sexual até a morte, incentivando, assim, uma tomada de consciência e uma ação imediata para evitar a evolução da violência.

O material chama atenção desde práticas como piadas ofensivas, chantagens, ciúmes, passando por desqualificação da mulher, humilhação, controles, proibições, ‘brincadeiras’ que envolvem beliscões e tapas, confinamento, até chegar à violência física, estupro e abusos de natureza sexual, ameaça de morte e feminicídio.

A magistrada revelou que o Violentômetro começou a ser utilizado em novembro de 2017, na campanha Justiça pela Paz em Casa e, de lá para cá, foi utilizado em diversos eventos locais, e também em outros estados, a exemplo de uma Jornada Maria da Penha ocorrida em Brasília, ocasião em que o CNJ apontou a ferramenta como uma boa prática do TJPB e recomendou aos demais tribunais o uso de uma abordagem semelhante.

“Fazemos uso tanto para embasar palestras, como para orientar mulheres, repassando largamente o material”, disse a juíza.

Para Graziela, ainda há uma naturalização de muitas atitudes constantes no material, em razão de uma cultura que naturaliza a violência contra a mulher. “Ao expor aquelas ações, sentimos que estamos colaborando para que a sociedade compreenda melhor o que significam essas condutas, muitas vezes, naturalizadas em razão de uma cultura de machismo e de patriarcado. Muitas mulheres sequer reconhecem que estão dentro de uma relação abusiva e, às vezes, nem alguns agressores se percebem praticando ilícitos”, argumentou.

A juíza disse, também, que o enfrentamento à violência doméstica contra a mulher é responsabilidade de toda a sociedade. “É nosso desafio permanecermos nesta luta, promovendo uma mudança de cultura tão necessária. Isso começa em casa, vai até as escolas e deve perpassar todos os ambientes de convivência. Cada vez mais, queremos reforçar a responsabilidade da sociedade como um todo. Não podemos compreender a violência como um caso de vida privada, e, tampouco, de responsabilização apenas de um sistema de justiça”, enfatizou.
TJPB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

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