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Francivaldo Costa era só expectativa. O conselheiro tutelar da pequena São Bentinho, localizada no alto sertão da Paraíba, nem aparentava ter pego a estrada às 2 da manhã para estar em João Pessoa na manhã de quinta-feira, dia 6 de novembro. O motivo da passagem pela capital foi o lançamento da segunda fase da campanha Mude um Destino. Ele não estava sozinho: cerca de 100 pessoas foram ao auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), para saber mais sobre a adoção legal.

“Assim que a promotora nos apresentou a campanha, pedimos todo o material da Mude um Destino por e-mail”, disse Francivaldo, que trouxe de casa as cartilhas distribuídas no evento. Ele comemora de forma especial as três adoções que aconteceram em sua cidade desde a criação do Conselho. “No filme as crianças ainda tinham um abrigo para ficar (falando sobre o documentário Se essa casa fosse minha..., exibido no início do lançamento), mas lá em São Bentinho nem isso têm. Estou aqui com os meus colegas para ouvir e aprender o que fazer em situações como essa”, disse, pouco antes do início do evento.

O primeiro a se pronunciar foi o presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB), Antônio Silveira Neto, que agradeceu a todos os presentes, entre eles os juízes ligados a assuntos da infância e adolescência. Estavam na mesa o vice-presidente de Assuntos da Infância e da Juventude da AMB e coordenador da Mude um Destino, Francisco de Oliveira Neto; os juízes da Vara da Infância e da Juventude da Capital e de Campina Grande, Fabiano Moura de Moura e Romero Oliveira, respectivamente; e o integrante da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), João Machado Junior.

Responsabilidade é de todos

A mesa ainda foi composta pelo secretário adjunto da Educação, Natanael da Silva; e pelo presidente da OAB-PB, José Mario Porto. “Hoje, as pessoas que não têm uma relação direta com a magistratura podem ver que o juiz também é um ser humano, e é um bom ser humano. Essas crianças e adolescentes têm direito de serem amadas, e é nosso dever dar a elas um futuro melhor”, disse Silveira.

Em seguida, a palavra foi passada a Fabiano Moura de Moura, que representou o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Antônio de Pádua Montenegro. “Vejo como é bonito a forma como estamos nos organizando. É uma forma mais pragmática, menos romântica”. Para Romero Oliveira, de Campina Grande, “a AMB representa uma parcela da sociedade que tem tentado fazer valer o estado democrático no País”. Pai adotivo, o juiz disse emocionado que se todos respeitassem o Estatuto da Criança e do Adolescente não haveria grande parte da violência registrada no Brasil. “A necessidade de se colocar uma criança para adoção é a pontinha do iceberg dos problemas enfrentados por aqui”.

O encerramento ficou por conta do coordenador da campanha, que se disse mais preocupado em ouvir do que falar. “Depois de mais de 30 lançamentos pelo País, vejo que os problemas são os mesmos, e que precisamos buscar uma solução única. Em cada estado, me sinto desafiado a trazer um pouco de esperança para aqueles que trabalham para amenizar e solucionar os problemas vividos pela infância e juventude”. Após participar do evento, a assistente social da vara de Campina Grande, Francis da Cruz, disse que “a campanha da AMB é o principal exemplo de que a forma de tratar esses problemas está mudando”.

FONTE: AMB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros