07/03/2023
Realidade: cerca de 75% dos magistrados sentem mais estresse agora do que no início da carreira, mostra pesquisa


Os magistrados latino-americanos demonstram que, cada vez mais, o nível de estresse no exercício da função jurisdicional tem impactado a saúde mental e a qualidade de vida.

Os dados revelados pela pesquisa inédita “Perfil da Magistratura Latino-americana” – realizada pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com a Federação Latino-Americana de Magistrados (FLAM) e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), mostram que 77% dos/das juízes(as), desembargadores(as) brasileiros(as) acreditam que o nível de estresse hoje é maior do que no passado.

Nos outros 10 países pesquisados – Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Panamá, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai – 55,6% dos respondentes à pesquisa têm a mesma percepção.

Em todas as nações analisadas, a maioria dos/das magistrados(as) ouvidos(as) afirmaram que a atuação profissional contribuiu para piorar a saúde. A porcentagem é maior entre os uruguaios (64%), seguidos pelos brasileiros (59%) e equatorianos (56%).

Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Frederico Mendes Júnior, a alta carga de processos e as condições de trabalho são fatores que contribuem para os problemas apontados pelo estudo.

“A realidade brasileira é de uma grande carga de trabalho para cada magistrado, com poucos servidores e condições de trabalho que nem sempre são adequadas. A pesquisa nos mostra que nos outros países da América Latina, a situação não é diferente”, disse o presidente da AMB, que ainda completou: “ainda assim, a produtividade é mantida, mas afeta a saúde dos profissionais. A AMB seguirá atuando para garantir que cada magistrado possa exercer sua função com mais dignidade, mantendo a sua qualidade de vida”, destacou.

Saúde mental

O alto nível de estresse também tem levado a casos de depressão, síndrome do pânico e crises de ansiedade. No Brasil, 62% dos respondentes dizem concordar muito com esta afirmação. Diante dos problemas, pouco mais da metade dos magistrados do Uruguai (53%), Brasil (51%) e Chile (50%) afirmaram ter necessitado de intervenção médica ou psicológica após o ingresso na magistratura.

A busca pela qualidade de vida

Apesar das questões apontadas, a maioria dos magistrados(as), participantes do estudo, busca realizar atividades que favoreçam a qualidade de vida. Em todos os países pesquisados, a prática de esportes e atividades físicas é a principal forma encontrada pelos entrevistados para melhorar a saúde física e mental. Magistrados do Brasil (67%); Porto Rico (52%) e Argentina (47%) dizem praticar essas atividades regularmente.

Além da prática de atividades físicas, os respondentes ainda afirmam que atividades culturais, terapia e trabalho voluntário são formas encontradas para encontrar caminhos para uma vida mais saudável.

Além dos dados sobre a saúde dos juízes latino-americanos, a pesquisa “Perfil da Magistratura Latino-americana” ainda trará dados sobre a relação do Poder Judiciário com a sociedade, ambiente de trabalho, uso de redes sociais, atuação na pandemia e Justiça Criminal.

AMB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

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