Presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba, Antônio Silveira Neto concedeu entrevista ao Fala Paraíba – Tabajara Sat -, oportunidade em que revelou sua posição sobre a controversa atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

_Olhando a Constituição, o CNJ pode sim atuar em conjunto com as corregedorias locais.

Segundo o magistrado, o que está em discussão é se a investigação ocorre primeiro nas corregedorias ou se o CNJ pode, de imediato, agir. Antônio Silveira vê com simpatia a proposta do ministro Luiz Fux, do STF – Supremo Tribunal Federal -, de estabelecer prazo para as corregedorias procederem as apurações.

_No caso de juízes de 1º grau, as corregedorias têm feito seu papel. A grande dificuldade é investigar os membros dos tribunais.

Para o presidente da AMPB, as associações nacionais dos magistrados – AMB, AJUFE e ANAMATRA -, erraram em radicalizar no discurso contra o CNJ e em representar contra a corregedora do órgão, ministra Eliana Calmon, alegando que os sigilos bancário e fiscal de juízes foram devassados. Antônio Silveira afirmou ser favorável ao acompanhamento que o COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras -, ligado ao Ministério da Fazenda, faz da movimentação financeira dos juízes e informa ao CNJ o que constata atípico.