25/07/2012 11h02 - Atualizado em 25/07/2012 11h48
O senador acriano Aníbal Diniz recuou de suas duras críticas à juíza paraibana Ritaura Rodrigues, a quem tinha chamado de “desonesta e torcedora fanática do Treze”, e por meio de nota pediu desculpas à Associação dos Magistrados da Paraíba. Ele disse que, ao ser publicamente criticado pela Associação, passou por uma “profunda reflexão”, e que depois disto resolver se posicionar mais uma vez sobre o caso.
Ritaura Rodrigues é a juíza que decidiu em caráter liminar pela exclusão do Rio Branco do Acre da Série C do Brasileirão e incluiu em seu lugar o Treze, atendendo a uma ação em que o clube paraibano questionava um acordo extrajudicial firmado em 2011 entre Rio Branco, STJD e CBF.
No pedido de desculpas, Aníbal diz que sua “real intenção era da forma mais contundente possível demonstrar a insatisfação dos torcedores e dos dirigentes do futebol acriano” com as decisões da juíza paraibana, “principalmente aquela do dia 4 de julho, frontalmente contrária ao direito do clube acriano em disputar a Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2012, uma vez que a CBF, naquele momento, já havia divulgado tabela com as presenças de Treze e Rio Branco na competição até que o mérito da questão fosse julgado”.
Aníbal Diniz falou ainda dos “transtornos emocionais causados a torcedores, dirigentes, atletas e comissão técnica” do clube do Acre, e que ele como legítimo representante do Estado do Acre precisava se posicionar firmemente sobre o caso.
- Tenho o maior respeito pela magistratura do Estado do Acre, assim como pelas magistraturas de todas as unidades da Federação. Jamais passou pela minha cabeça a intenção de ofender a magistratura do Estado da Paraíba. Contudo, no calor da emoção, cometi excessos. Ciente de que este não é meu modo de agir, retrato-me perante os magistrados da Paraíba, principalmente à doutora Ritaura Rodrigues Santana, a quem publicamente peço desculpas – escreveu o senador.
Por fim, ele pondera que “a discussão não se encerra” e garante que vai continuar firme na luta por justiça e na defesa da presença do clube acriano na Série C. Sem que para isto precise repetir os excessos cometidos.
- Sei que o povo do Acre está solidário com a luta do quase centenário Rio Branco Football Club por seu direito legitimamente conquistado em campo ao custo de incontáveis sacrifícios. Mas a defesa desse direito nos foros apropriados, mesmo com a inviolabilidade das minhas opiniões que o mandato de senador da República me assegura, não justifica as ofensas por mim cometidas – concluiu.