16/06/2010

Greve de servidores do judiciário deixa 135 mil processos parados

"Falta de aprovação da Loje e greve leva ao colpaso do judiciário paraibano", prevê Antônio Silveira, presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba.

A greve dos servidores do judiciário que já dura mais de uma semana vem trazendo prejuízos considerávies sociedade. De acordo com um levantamento do justiça em números, hoje, a judiciário da Paraíba tem 390 mil processos em tramitação dos quais 135 estão paralisados, ou seja, sem qualquer movimentação.

Esses números revelam a situação da primeira instância do judiciário de toda Paraíba. De acordo com o presidente da Associação de Magistrados da Paraíba Antônio Silveira, a greve tem sido um fator agravante para o colapso e vem afetando diretamente a prestação jurisdicional à comunidade que tem que tolerar a lentidão do sistema.

Segundo os a AMPB, desses 135 mil, 77 mil processos estão parados nos cartórios e 66.636 estão com os juízes para serem despachados ou sentenciados. "A justiça de primeiro grau está abarrotada e nós temos metas do CNJ a serem cumpridas e sem estrutura isso não é possível", cobrou o Antônio Silveira.

São cerca de 2.600 técnicos, analistas e auxiliares que cruzaram os braços desde o último dia 7. Na tarde desta quarta, por volta das 15h, vai haver a primeira reunião da categoria com o juiz auxiliar da presidência, Alexandre Targino e outros integrantes da direção do Tribunal de Justiça.

"A falta de aprovação da Lei de Organização do Judiciário e a greve podem levar o judiciário ao colapso". Foi assim que o presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba, Antônio Silveira, resumiu a situação atual do poder judiciário paraibano. Segundo ele, é essencial que a lei seja aprovada pelo Tribunal de Justiça para criação de novas unidades que garantam a agilidade e celeridade processual.