Em virtude de declarações do padre Adalto Tavares, pároco da diocese da cidade de Guarabira, que foram publicadas na coluna do jornalista Heron Cid, edição do último sábado (22 de setembro) do jornal Correio da Paraíba, a Associação dos Magistrados da Paraíba vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
A respeito do comentário equivocado sobre o horário de trabalho dos juízes que atuam na comarca de Guarabira, a AMPB ressalta que os magistrados que atuam na citada comarca desempenham seu ofício, junto aos processos sob sua responsabilidade, com rigor e presteza. Tais magistrados cumprem seu horário de trabalho de segunda a sexta-feira, atendendo a população daquele município com a seriedade e responsabilidade que o cargo requer.
Portanto, a AMPB repudia a declaração feita pelo padre Adauto Tavares de que os magistrados só trabalham em alguns dias da semana, tendo em vista que tal afirmação não corresponde à verdade. Os juízes da já citada comarca têm atuação exemplar e condizente com sua função, sendo lamentáveis afirmações públicas infundadas e de caráter genérico que terminam por levar a opinião pública a desacreditar nos serviços do Poder Judiciário, fato que causa prejuízos para a própria democracia.
Além disso, a AMPB lamenta que tal declaração venha a público sem qualquer contato prévio com os magistrados para que seja preservado o princípio ético do bom jornalismo de sempre ouvir os dois lados da questão. Feito isso, o jornalista teria verificado que todos os juízes da comarca de Guarabira residem na cidade, exceto um que, com devida autorização do Tribunal de Justiça da Paraíba, reside na cidade onde sua esposa, também magistrada, trabalha.
Em comarcas do interior, a exemplo de Guarabira, os juízes enfrentam dificuldades para desenvolver seu trabalho, com falta recursos humanos e financeiros, além de, devido ao número insuficiente de magistrados, acumularem processos de comarcas vizinhas e atuar concomitantemente na Justiça Eleitoral, comprovando o esforço para garantir o direito dos cidadãos.
Por fim, a Associação dos Magistrados da Paraíba espera que prevaleça o respeito ao Poder Judiciário e a seus magistrados, como resguardo à ordem democrática.
FONTE: AMPB