Nestes dias 27 e 28 de maio, cerca de 60 (sessenta) juízes paraibanos acompanharam as palestras realizadas durante a Conferência “Investimento, Corrupção e o Papel do Estado – Um Diálogo Suíço-Brasileiro”, promovida no Tribunal de Contas da Paraíba. Durante esse tempo, um público numeroso acompanhou a exposição de temas atinentes a grandes questões nacionais e internacionais.
A Associação dos Magistrados da Paraíba manteve contato com a organização da conferência, conseguindo acesso para mais de 60 juízes ao evento, agilizando a inscrição e repassando as credenciais aos associados que se inscreveram por meio da Entidade. “Fomos todos muito bem recebidos pelo presidente do TCE”, comentou o juiz Horácio Melo, presidente da AMPB. Horácio destacou ainda que a magistratura foi a categoria que contou com mais convites para o evento.
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato – que apura propina e desvio de recursos da Petrobrás, foi o palestrante mais esperado da Conferência Internacional, que teve também a participação do embaixador da Suíça no Brasil André Regli. O primeiro tratou da “Cooperação Jurídica e Corrupção Transnacional”, o segundo, do tema “As Condições-Quadro para Investimentos à Luz das Relações Bilaterais Brasil-Suíça”.
Sérgio Moro buscou mostrar no tema de sua conferência a trajetória dos dinheiros provenientes de propinas, a partir da origem para os paraísos fiscais, demonstrando a preocupação com o rastreamento, depois das fronteiras. Ele fez um retrospecto de como o esquema de propina oriundo de recursos da Petrobrás, atuava em operações de offshorer, ou seja, o dinheiro saia pelos operadores para os paraísos fiscais e voltava para a origem, passando por um labirinto de lavagem em paraísos fiscais.
Realização de um conjunto de organismos – entre eles o Brazilian Swiss Joint Reserch Programme, iniciativa do Governo Suíço para a cooperação entre cientistas e organizações de ambos os países – o encontro trouxe a João Pessoa expressões elevadas dos meios acadêmicos e jurídicos.