Em reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira (20 de outubro), a Coordenaria da Infância e Juventude (Coinju) do Tribunal de Justiça da Paraíba debateu a necessidade de um meio oficial para aproximação entre crianças institucionalizadas e pretendentes à adoção em João Pessoa. A expectativa é de que, através desses encontros, pretendentes e crianças tenham oportunidade de estabelecerem uma interação.
O encontro reuniu membros do Grupo de Trabalho Pró-convivência Familiar e Comunitária (GT), composto pela Coinju, Ministério Público e demais entidades que trabalham com as causas da criança e do adolescente na Capital.
Segundo o titular da Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, juiz Adhailton Lacet, a ideia é promover os encontros em eventos oficiais, com a colaboração de todo o GT. A inciativa visa aprimorar ações que já vêm sendo realizadas pelo Grupo de Estudos e Apoio a Adoção de João Pessoa (Gead). Há quatro anos, a entidade promove evento festivo para todas as crianças institucionalizadas e pretendentes habilitados para adoção, no dia Nacional da Infância, 24 de agosto.
“Se a gente não estiver imbuído desse espírito de coletividade, de buscar soluções, a coisa não anda”, ressaltou o magistrado sobre a adoção. Ele lembrou que essa é, muitas vezes, a única saída para algumas crianças terem o direito à convivência familiar garantido.
Para Lenilde Cordeiro Gonçalves, representante da Gead, o evento permite, inclusive, que interessados em adotar mudem o perfil da criança que desejam. “A grande maioria vai pelo sonho, mas na verdade, quando ela se depara com uma criança real na sua frente, que pode olhar, tocar, ela muda o perfil”, afirmou.
Lenilde falou ainda sobre como mudou sua concepção. “Sou mãe adotiva, conheci meu filho em uma instituição de acolhimento. Então eu passei a lutar para que outros pretendes tivessem essa oportunidade e para que outras crianças pudessem ser conhecidas”, concluiu.
A promotora do Ministério Público, Soraya Escorel, assegurou que tudo será feito da melhor maneira possível e que existirão outros debates sobre o tema, a fim de estabelecer uma metodologia sem qualquer prejuízo para criança ou adolescente.
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